sábado, 22 de abril de 2006

Perfeito? Não me parece...

Não sei se será do sol, se será da chuva, se será do vento, se será TPM, se será estupidez natural ou se será simplesmente do Ser Mulher...
Nos últimos dias tenho-me deparado com alguns "rompimentos de namoro"...
Nada de anormal até aqui...
Acontece diversas vezes, um pouco por todo o mundo...
O caricato é que estes últimos "rompimentos" devem-se a uma boa relação...
Pois...
Exacto...
"Romperam" porque era simplesmente bom demais!
Será isto normal?
Não se trata de um caso isolado, é certo!
Então explique-se o que motiva alguem que se encontra no auge da relação e que acaba-a porque está tudo a correr bem...
Não compreendo...
Partindo do princípio que a relação estava a correr às mil maravilhas, o que motivará uma mulher a terminar a relação porque esta estava a correr bem?
Bem...
Se fosse porque o querido era ciumento/possessivo?
Porque o querido lhe batia?
Porque o querido não conseguia dar rendimento horizontal?
Porque deixaram apagar a chama?
Entre tantos outros motivos plausíveis...
Eu compreendia...
Agora,
Porque o querido corresponde a tudo aquilo que sempre procurámos e que nem todas temos a sorte de encontrar?
Não compreendo...
Será que as mulheres gostam de ser maltratadas?
Será que as mulheres gostam de apanhar?
Será qu as mulheres gostam de ser infelizes?
Não me parece....
Aqui fica mais uma prova que a teoria da lista cor de rosa não resulta!!!...
Coisa que eu já sabia, mas que nunca pensei em ver tal inutilidade desta forma...
Um querido "defeituosamente perfeito" é o que todas queremos...
Cada uma tem uma ideia daquilo que quer, do que precisa...
E quando encontramos?
Será estilo Pai Natal...?
É muito giro, mandamos-lhe uns mails, pedimos-lhe uma prendinha, mas sabemos que ele não existe e se ele bater à porta, dizemos que vá gozar com outra porque o Pai Natal não existe...
Será assim?
O nosso querido já nos bateu à porta cheio de boas intenções e nós simplesmente dizemos-lhe que bateu na porta errada e que procure outra...
Será que somos assim tão estúpidas?
Que não vemos o que está à nossa frente?
De qualquer forma não justifica a atitude "acabou por ser perfeito"...
Efectivamente, não me parece...
Sou mulher e não me considero assim tão quadrada...
Considero que a maioria das mulheres sabe aquilo que quer...
Podemos ter aquilo que queremos repartido por vários queridos e por isso não optar por nenhum ou podemos ter aquilo que queremos num só querido (é o que procuramos, e agradecemos que venha com uma nota de defeito da fábrica porque os defeitos têm a sua essência, o seu valor e o seu charme)
Ninguém é perfeito, e a teoria da relação perfeita é a teoria do "casal de fim de semana"...
Não convive, logo não conversa, logo não discute. (igual a perfeito para a maioria dos entótónamorados)
Portanto...
Essa teoria está incorrecta...
Não passa de uma desculpa...
E por sua vez de muito baixo teor cabral, parece-me sim, rica em opressão cabral...
Aliás,
Aproveitando a Páscoa, que foi na semana passada, gostaria de dar o exemplo de José que não aceitou e discutiu com Maria quando esta engravidou do Espírito Santo...
Até o casal mais abençoado discutiu, portanto, perfeição não existe...
E modéstia à parte, ainda bem, porque se não, não poderiamos fazer as pazes............
Não vos parece?
jocas

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

compreendite...Sensata e correcta no pensamento, madura na forma de ver a vida e, sobretudo, a maneira incorrecta de actuar de certas mulheres, que depois têm o que merecem. 11 - 13 e infelicidade até mais não.
Excelente. "O Viajante no Tempo"

domingo, abril 23, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Olá Lusitana!
Pois é linda de facto descreves bem a insanidade do ser humano dos nossos dias. Realmente ninguém sabe o que quer. Está td muito estranho. Quem me dera que houvesse mais gente com a tua lucidez.

domingo, abril 23, 2006  
Anonymous Anónimo said...

Pascoa e 25 de Abril são duas revoluções, cada uma no seu tempo e espaço. A primeira teve a ver com o nascimento (por obra e graça do Espírito Santo...) e Ressurreição... de Cristo, uma autêntica revolução para a madeira de pensar e agir da humanidade a partir de então, a outra. A segunda, há sómente 32 anos continua a tentar fazer pensar e agir um pequeno povo num pequeno país à beira mar plantado. Porque somos mesmo assim, estranahamente depois de termos descoberto novos mundos ao Mundo, não admira a forma de estar e agir das pessoas como descreve no seu texto, Só resta saber até quando...
Excelente. "O Viajante no tempo".

quarta-feira, abril 26, 2006  

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