O caminho...
Quando escolhemos um caminho, nem sempre é o mais correcto, mas é aquele em que certa e dada altura nós decidimos que seria o melhor a percorrer...
Nem sempre é o melhor, mas às vezes é o mais fácil...
Tenho me deparado com umas situações deveras interessantes de reflexão...
Quando, como escrevi noutros posts, se opta pela carreira, deixando de lado os queridos....
É complicado...
Existe sempre uma falha, um buraco por tapar...
Há quem o disfarce com chocolates, com desporto, com mais trabalho, com abadias, com futebol, com compras, etc... (tenho testemunhado)
Mas até quando é que alguém se consegue enganar a si próprio?
Até quando viver algo que não existe?
Por mais que uma pessoa se agarre à carreira...
Quem é que vai estar à tua espera quando chegares a casa?
Quando é que vais comer uma refeição decente? (porque quem vive sozinho, regra geral, não cozinha)
Com quem é que vais conversar?
De quem é que vais receber um carinho? Um sorriso?
E quando chegares à reforma? Vais passá-la num lar de workahoolics?
Ficar sozinho é opção durante algum tempo, é uma vírgula, um ponto, um parágrafo, mas nunca um ponto final.
A solidão rói as pessoas de uma forma assustadora...
Ninguém quer ficar sozinho...
Infelizmente, no outro dia conheci um senhor que vive na rua...
É um sem abrigo...
Por opção...
É uma pessoa fantástica, de uma educação que já não se encontra por aí, de uma cultura brilhante, e estaria aqui a noite toda a elogiá-lo...
Ele vive na rua porque se rendeu à solidão, à tristeza...
É impressionante, como um ser humano consegue perder o interesse pela vida...
Ele trabalha de dia, manda todo o dinheiro que faz para os filhos, e à noite dorme na rua...
E dorme na rua “porque” se divorciou...
Porque acima de todo e qualquer valor, ele tinha no topo a família...
E como a perdeu, perdeu tudo...
Já houve quem lhe arranjasse casa e ele rejeitou, porque casa para ele é junto da família...
Este homem vive nas ruas há mais de seis anos...
Acho que merece uma certa reflexão apesar de discordância com a atitude...
Voltando ao não querer ficar sozinho...
Chegamos a esta brilhante conclusão e?
Onde é que estão os queridos?
Só se conhece o caminho de casa para o trabalho e do trabalho para casa...
Os amigos estão quase todos casados e “cheios” de filhos...
Sair? Com quem? Para onde? Era bem mais simples nos tempos de escola...
Há sempre alguém, há sempre um sítio...
É como andar de bicicleta, nunca se perde o jeito...
Perde-se é a vontade de sair do comodismo do dia a dia e partir em busca do novo...
Sim, porque temos a tendência de nos encostar ao confortável, ao seguro...
E eis que quando voltamos “a andar de bicicleta”, encontramos um enorme mundo por explorar que ficou por algum tempo guardado no fundo de um baú num certo sótão...
E é aqui que se dá o verdadeiro desígnio da opção...
Aparece alguém interessante, e nós ficamos com a sensação que já não sabemos com agir com algo tão natural como com uma atracção, um interesse, que em anos era tão natural e espontâneo...
E pior...
É quando percebemos que o mercado ainda está a funcionar e bem...
E em vez de uma pessoa interessante conhecemos várias...
E isso é excelente!
Começamos a perceber que é possível juntar a carreira com o amor, a amizade, os copos...
Começa a haver gente a circular na nossa vida...
No meio disto tudo existe um problema: é que o coração esteve em coma durante tanto tempo que quando alguém mexe connosco...
Simplesmente não percebemos!!!!
Isto tudo para dizer que nem sempre a fuga é o melhor caminho...
Existe tanto por explorar...
Abram os olhos...
Ás vezes está mesmo à nossa frente...
E procurem aquele caminho que pode ser feito a dois em vez de levarem a vida pendurados em lianas a saltar de árvore em árvore a fugir de vocês próprios...
A nossa outra metade anda por aí, mas se não abrirmos a janela nunca veremos o sol...
Não sejam espectadores quando podem ser protagonistas...
Beijocas
Nem sempre é o melhor, mas às vezes é o mais fácil...
Tenho me deparado com umas situações deveras interessantes de reflexão...
Quando, como escrevi noutros posts, se opta pela carreira, deixando de lado os queridos....
É complicado...
Existe sempre uma falha, um buraco por tapar...
Há quem o disfarce com chocolates, com desporto, com mais trabalho, com abadias, com futebol, com compras, etc... (tenho testemunhado)
Mas até quando é que alguém se consegue enganar a si próprio?
Até quando viver algo que não existe?
Por mais que uma pessoa se agarre à carreira...
Quem é que vai estar à tua espera quando chegares a casa?
Quando é que vais comer uma refeição decente? (porque quem vive sozinho, regra geral, não cozinha)
Com quem é que vais conversar?
De quem é que vais receber um carinho? Um sorriso?
E quando chegares à reforma? Vais passá-la num lar de workahoolics?
Ficar sozinho é opção durante algum tempo, é uma vírgula, um ponto, um parágrafo, mas nunca um ponto final.
A solidão rói as pessoas de uma forma assustadora...
Ninguém quer ficar sozinho...
Infelizmente, no outro dia conheci um senhor que vive na rua...
É um sem abrigo...
Por opção...
É uma pessoa fantástica, de uma educação que já não se encontra por aí, de uma cultura brilhante, e estaria aqui a noite toda a elogiá-lo...
Ele vive na rua porque se rendeu à solidão, à tristeza...
É impressionante, como um ser humano consegue perder o interesse pela vida...
Ele trabalha de dia, manda todo o dinheiro que faz para os filhos, e à noite dorme na rua...
E dorme na rua “porque” se divorciou...
Porque acima de todo e qualquer valor, ele tinha no topo a família...
E como a perdeu, perdeu tudo...
Já houve quem lhe arranjasse casa e ele rejeitou, porque casa para ele é junto da família...
Este homem vive nas ruas há mais de seis anos...
Acho que merece uma certa reflexão apesar de discordância com a atitude...
Voltando ao não querer ficar sozinho...
Chegamos a esta brilhante conclusão e?
Onde é que estão os queridos?
Só se conhece o caminho de casa para o trabalho e do trabalho para casa...
Os amigos estão quase todos casados e “cheios” de filhos...
Sair? Com quem? Para onde? Era bem mais simples nos tempos de escola...
Há sempre alguém, há sempre um sítio...
É como andar de bicicleta, nunca se perde o jeito...
Perde-se é a vontade de sair do comodismo do dia a dia e partir em busca do novo...
Sim, porque temos a tendência de nos encostar ao confortável, ao seguro...
E eis que quando voltamos “a andar de bicicleta”, encontramos um enorme mundo por explorar que ficou por algum tempo guardado no fundo de um baú num certo sótão...
E é aqui que se dá o verdadeiro desígnio da opção...
Aparece alguém interessante, e nós ficamos com a sensação que já não sabemos com agir com algo tão natural como com uma atracção, um interesse, que em anos era tão natural e espontâneo...
E pior...
É quando percebemos que o mercado ainda está a funcionar e bem...
E em vez de uma pessoa interessante conhecemos várias...
E isso é excelente!
Começamos a perceber que é possível juntar a carreira com o amor, a amizade, os copos...
Começa a haver gente a circular na nossa vida...
No meio disto tudo existe um problema: é que o coração esteve em coma durante tanto tempo que quando alguém mexe connosco...
Simplesmente não percebemos!!!!
Isto tudo para dizer que nem sempre a fuga é o melhor caminho...
Existe tanto por explorar...
Abram os olhos...
Ás vezes está mesmo à nossa frente...
E procurem aquele caminho que pode ser feito a dois em vez de levarem a vida pendurados em lianas a saltar de árvore em árvore a fugir de vocês próprios...
A nossa outra metade anda por aí, mas se não abrirmos a janela nunca veremos o sol...
Não sejam espectadores quando podem ser protagonistas...
Beijocas
4 Comments:
Bem, a escolha do caminho depende de nós mas os caminhos não... escolhas certas ou erradas, são escolhas e são nossas!!
Parece-me que qualquer escolha que se faça é sempre a certa, por muito errada que pareça, alguma coisa há-de se aprender com ela! Quanto ao caminho que não escolhemos nunca saberemos se seria melhor ou pior, porque nunca o experimentamos!!! Eu prefiro tirar o maior proveito possivel dos caminhos que escolho, e esquecer os que não escolho, afinal todos os caminhos vão dar a Roma, uns mais tortuosos outros menos mas todos vão dar exactamente ao mesmo sítio. A escolha do caminho é nossa mas o caminho propriamente dito não!!!
ABADIAAAAAAASSSSSSSS!!!!!!!!!!
JOKAS
Há vezes que a autora deste blog, apesar de se contradizer constantemente, diz umas coisas acertadas, como as deste post.
Sabe? Eu também já fui uma barata tonta como você confessa ser sem se aperceber, mas quando decidi dar uma oportunidade à vida, à minha e à dos outros, de forma natural encontrei o que você chama o tal querido.
Viva e deixe viver, vai ver que será mais feliz e fará outros mais felizes.
Agradeço o seu comentário, mas queria que soubesse que não me refiro apenas a mim, mas especialmente a situações que vejo acontecer à minha volta, com amigos e amigas. É normal que haja contradição, pois até hoje as relações entre homens e mulheres continuam por ser desvendadas e não há como pegar em pequenas situações e tentar analisar uma a uma por forma a tentar compreender a tão dita "guerra dos sexos". Fico feliz por já ter encontrado o seu querido e de ser uma mulher feliz. Talvez queira partilhar a sua experiência com os leitores do meu blog enviando-me um mail, o qual não exitarei em publicar. Obrigada pela sua participação.
Cumprimentos,
Foi a primeira vez que entrei no seu blog, embora já o tenha lido várias vezes, mas depois de analisar bem o que escreve, até porque sou psicóloga, entendi chegada a altura de lhe dizer que tome como bons para si os conselhos que dá aos outros, porque são mesmo bons.
Guarde memórias mas não deixe que elas a esfriem, a sí e a quem a rodeia. Não veja mal em tudo e em todos, dê uma oportunidade ao amor, para sí e para quem a rodeia.
Ame e deixe-se ser amada, vair ver que esses rancores e ódios passarão à história e encontrará finalmente a felicidade.
Com escolhos de permeio? Claro, não somos todos humanos?
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